Nunca fui de acreditar em vidas passadas, reencarnação, almas gémeas, espíritos ou anjos.
Mas também nunca tinha passado pelo que passei, nunca me tinha sentido perdida e com tanta necessidade de respostas. Nunca tinha sentido esta urgência em me libertar e permitir que outra informação, energia, força, conhecimento chegassem até mim.
A minha grande amiga V. falou-me neste livro e assim comecei outra viagem.
A Porta da Felicidade, livro de Denise Linn.
De coração aberto li e empenhei-me em não deixar que as minhas crenças limitadoras me impedissem de assimilar o que estava a chegar até mim.
Hoje afirmo que tudo aquilo que sou é produto da construção feita ao longo de toda a vida, do ambiente que vivo, das pessoas que me são próximas. Mas e se essa influência vier mais de trás…de quando era outra pessoa, numa outra vida. E se o facto de estar aqui e agora não é mais do que a oportunidade de fazer ou resolver o que ficou lá atrás, nas outras vidas, por ultrapassar ou aprender. E se bloqueios, fobias, sentimentos que não consigo compreender não são mais do que laços que ficaram das minhas vidas passadas?
Aceitar este dado como real e verdadeiro pode ser assustador e confuso, mas não é mais do que todo o processo que já iniciei e pelo qual tenho vindo a viver.
Assumo que por vezes dou por mim a pensar: quem sou eu, o que é que fiz ou disse, como lidar com isto, com esta pessoa, com estes sentimentos e pensamentos? Descobrir esta nova pessoa tem sido assustador, com muitos avanços e recuos. Acredito que um processo de tentativa de regressão e descoberta de vidas passadas também possa ser similar…perturbador e difícil.
Existem alguns excertos deste livro que vou ter de partilhar. Revi-me totalmente. Espelho do que acredito e sinto. Não porque me recordei de uma vida passada, mas porque cada vez mais me sinto mais desperta, mais sensível, mais atenta, mais interessada no crescimento pessoal. Porque não sendo este o caminho que comecei, pode e faz parte do chão que vou percorrer. Porque já percebi e aceitei que sendo uma viagem difícil e dolorosa, é algo que tenho de fazer e já não há como negar esta evidência.
(…) ”Em vez de travar ou de suprimir estas emoções, opte por senti-las – quando o faz o medo dissipa-se.”
“Aquilo a que você resiste, persiste. Quando resistimos a uma emoção, na verdade, torna-se mais difícil libertarmo-nos dela. Aquilo que reprimimos fica connosco vida após vida e cria bloqueios, pelo que é vital enfrentarmos os nossos sentimentos. Todavia, há uma diferença entre dramatiza-los e vivenciá-los.”
(…) “Dramatizar as nossas emoções pode por vezes afastar-nos delas.”
(…) “Quando se distancia de uma situação, você consegue observá-la de uma perspetiva mais lata e objectiva.”
(…) “Quando a sua convicção limitadora é alterada, a sua vida muda.”
(…) “enquanto passa pelo processo, pode ser um percurso duro e atribulado. Partilhe as suas dificuldades com alguém que gosta de si ou procure ajuda profissional (…) sabendo que aquilo que o espera vale mesmo a pena.”
Gratidão,
moXo
190318