Amores: matéria, apego e desapego
A vida é composta por amor.
Tudo gira à volta deste sentimento tão vasto e tão forte.
De uma forma ou de outra somos criados no amor, vivemos para o amor e passamos a vida a procura dele.
Seja por nós ou pelos outros, quer seja pela natureza ou pelo universo.
Sinto profundamente que estou numa sociedade composta por dois grandes extremos.
O dos que já perceberem a urgência em ouvir a sua essência; e o dos que andam perdidos e em constante desequilíbrio e nem se apercebem disso.
Vivemos num mundo de amor à matéria.
Se pararmos para observar tudo ao nosso redor se move quer seja pelo medo, sexo, ego ou poder.
Mais e melhor. Mais dinheiro. Mais reconhecimento. Superficialidade.
O Ego a mostrar a sua força.
Estamos apegados a tudo. Amamos o próprio apego. Viciados e cegos.
Não percebemos que o que é melhor para mim pode não ser para o próximo.
Que amor é saber receber sem cobrar, dar e também libertar.
Até que nos apercebemos que para o equilíbrio e harmonia nada importa a não ser o foco no amor-próprio. Em perceber que para estar bem e para atingir a tão falada felicidade pouco mais importa do que dar voz à essência de cada um. Aceitar que preciso de me amar e permitir-me amar sem pressas ou crenças limitadores, trará contentamento e liberdade. Desapego. Aquietar. Respirar. Respeitar. Cuidarmo-nos. Dar o real valor às coisas, às pessoas, a nós mesmos.
Gratidão,
moXo
200318