Já vos falei anteriormente de um livro que estou a ler da Rute Caldeira, “Simplifica a tua vida”.
Hoje venho aqui uma vez mais para partilhar alguns excertos.
São frases, palavras que me levam a refletir acerca do real significa das coisas e das pessoas e do poder que muitas vezes lhes damos, quando na realidade só quem tem o poder somos nós.
(…) “Desapega-te do que te faz mal, aprende a deixar entrar o que te faz bem, mesmo que não saibas ainda que bem é esse!
Estás a ler esta mensagem precisamente neste momento por alguma razão. Tu sabes que há alguma coisa que precisas de deixar ir, há algo que precisas de libertar. Pode ser uma emoção, uma característica, um emprego, um medo, um bem material, uma pessoa, não importa. Importa apenas que, neste momento, tu sintas, tu reconheças que há que te desapegares de algo que te pesa.
(…) Fecha os olhos, assume e sente essa voz de dor que fala contigo. Sente esse desconforto sem fugires dele. Sente, sente mesmo que te pareça que tudo se intensifica, sente apenas…
(…) E o ser humano gosta de controlar, de saber em que chão põe os pés, de fazer cálculos, e ter certezas. E a liberdade não traz nada disso; a liberdade é a incerteza da certeza de que viver é uma infinita possibilidade de escolhas e resultados que nunca nos são garantidos. O Homem não gosta da liberdade porque a liberdade cria espaço para o medo.
(…) A liberdade é uma escolha que tira o ser humano da zona de conforto, e o Homem está sempre em busca do confortável, mesmo que isso canse, que crie rotina, que crie frustação e aborrecimento. Somos movidos pelo medo e, na maioria das vezes, nem nos apercebemos.
(…) O que é a consciência? Como a desperto? Como me desperto a mim mesmo? ESTANDO ATENTO! Como podemos nós ter consciência de como nos sentimos se no exato momento em que vem uma sensação de tristeza, frustração, angústia, medo, a primeira coisa que fazemos é arranjar distrações?
Instintivamente, entramos num looping de distrações: há quem compre roupa, há quem vá ao cinema, há quem comece a arrumar a casa, há quem fique horas a trabalhar, há quem se agarre ao mundo da internet. Na verdade, é muito mais normal as pessoas fazerem isto do que pararem para ter uma conversa com a emoção que se faz sentir no peito. Geralmente, nós não fazemos isto, não dizemos «Tenho de parar uns minutos ou uma hora, estar sozinho e perceber por que razão me sinto desta forma». E não fazemos isto porque temos receio da dor, e como recusamos olhar para ela, essa dor vai crescendo, a ponto de um dia nos fazer obrigatoriamente parar.
Gratidão,
moXo
040918