Meditação
Foi-me proposto um trabalho de observação diário. Relaxar e contemplar.
Tão simples e ao mesmo tempo enigmático e perturbador.
Não importa a hora ou o local. Primeiro uma semana por 5 minutos. Seguiu-se a segunda semana por 10 minutos. E por fim, a terceira semana por 15 minutos. Simplesmente estar. Não fazer nada. Observar-me. Desligar a mente, o ruído, o que não interessa no momento.
Parece tão fácil mas é tão difícil.
Trabalho gigantesco de força e vontade. Contrariar a mente.
Resultado? Objetivo? Meditação.
Estar consciente e tranquila, descontrair e ficar recetiva.
Admito que os primeiros dias não foram difíceis. Nunca contei os minutos mas durante o tempo que me foi confortável estive inteira e cumpri. Mas o suposto era criar um hábito, aumentar o tempo, incluir este exercício na minha vida. Falhei. Se durante as três semanas ainda insisti, hoje não faz parte da minha rotina.
Acredito que por usar outras ferramentas diárias não sinta a necessidade de agarrar este exercício como meu, mas percebo quais as mais-valias.
Parar. Contrariar os hábitos. Estar só comigo mesma. De mim para mim.
Meditar leva a abertura de fendas. Depois de serem saradas levam à luz. Sair da zona de conforto. Quebrar o excesso que impede o melhor de mim.
Criar, aplicar, cumprir…padrão de merecimento, sem culpa ou remorsos.
Tratar de mim. Dar-me prendas. Atenção.
Praticar o amor-próprio. Quando em harmonia leva ao amor pleno, natural, fluido, sem esforços, pelo Outro, pela Vida, por estar viva.
Desculpas. Preguiça. Falta de tempo, falta de dinheiro, falta de espaço, falta de propósito.
Auto boicote que não é mais do que viver no mesmo padrão, na mesma rotina, na mesma formatação.
Conforto em prol do conhecimento e consequente crescimento.
Gratidão,
moXo
101217