Sempre me caracterizei como uma mulher muito pragmática, sem fé, com muita resistência emocional. Estava sempre a fazer, a ir, a fazer...e, mais tarde, apercebi-me que não foi mais do que esconder o que eu realmente SOU.
SOU uma mulher emotiva, frágil, que precisa de colo, atenção, e que o loop do "fazer" estava a levar-me ao cansaço extremo.
A constatação de que tinha estado quase 36 anos a ser alguém que não era foi muito exigente emocionalmente.
Iniciei uma viagem ao fundo de mim que nunca mais parou.
Tem sido uma montanha russa de emoções e descobertas.
Tenho vários desafios que vieram da relaçao com o meu pai e com a minha mãe. Sei que fizeram o melhor para mim com o que tinham. No entanto, não me consigo desprender dos medos que adquiri por imitação ou oposição ao que eles foram e são...
Preocupa-me saber que é um caminho que nunca irá acabar depois de ter sido iniciado.
Quanto mais avanço neste caminho mais me apercebo que há muito a trabalhar e não há fim à vista.
Recentemente, comecei a interessar-me no poder da energia da Lua versus a minha lua interior, que não é mais do que uma das fases do ciclo mentrual.
Hoje começa a Lua crescente, e eu estou com Lua interior minguante. E sinto-me mesmo invadida por uma energia de força, inquieta e, ao mesmo tempo, uma energia que me faz chorar, questionar e desesperar. Sou invadida uma tristeza...só quero me sentir equilibrada e, depois, tenho dias como hoje que me desestabilizam.
Abandono tudo e deixo a vida rolar?...
Que todos os nossos dias sejam iluminados pelo sol e energizados pela lua.
Gratidão,
130921
